Saturday, February 11, 2012

Sexo Frágil sitcom

This was a Brazilian comedy serie Called “Sexo Frágil”. There are four actors that play the role of four male friends, and four girl-friends. In this episode the friends are trying to find a topic to discuss other than the common place “women”. The girls decided to start an NGO (ONG in Portuguese) and the men are just chatting in a bar. 
It’s a video that is supposed to be fun, but it also has a lot of speech. Hope you enjoy it! And let me know.
Obs.: For some words I put some explanation in the footnote and some others, I confess, I didn’t really understand, they sometimes use slangs I’m not very familiar with.


-----Mulheres-----
Começou
Ah, o que?
O programa?
Sexo Frágil
Começou?!
Começou.
E daí?
Começou com a gente! Esse programa sempre começa com eles reunidos falando de nós. Dessa vez começou com a gente.
Ah, então vamos começar falando deles!
Não, não. Vamos fazer diferente. Nós não estamos aqui para ficar falando de homem, não é?
Não?
Não. Nós estamos aqui reunidas para falar de assuntos muito mais importantes.
Nós vamos fundar uma ONG.
Mas nós vamos fundar uma ONG contra o quê e a favor de quê?
Essa é a nossa primeira reunião da ONG e é justamente pra definir sobre o que ela vai ser.
O importante é que não seja mais uma ONG de mulheres, sobre coisas de mulheres – que ninguém aguenta mais esse assunto!

------Homens-----

Não Existe. (3x)
Não existe o quê?
Outro assunto.
Qualquer outro assunto, entende?
Que não seja mulher, mulher, mulher. A gente só fala nisso.
Nós temos que ter capacidade de desenvolver outros colóquios que sejam mais maduros, mais edificantes.
Não, e nem precisa ser tão edificante assim, bastava não ter “pixirica”[i] no meio.
Ah futebol, futebol não tem “pixirica” no meio. A não ser que tenha alguma pixirica jogando no meio de campo de algum time desses por aí, tem?
Foram os únicos assuntos que vieram à vara/ bara?[ii]: futebol e trabalho.
Mas futebol não dá por causa das péssimas colocações dos nossos times na tabela do campeonato.
E o trabalho não foi considerado um assunto realmente alternativo, porque a gente só trabalha pra pegar[iii] mulher.
Uepa! Peralá[iv], eu não trabalho só pra pegar mulher!
Ah, não? Quer dizer que se não existisse mulher no mundo você ia sair de sua casa de manhã cedo e pegar aquele engarrafamento monstruoso pra chegar naquele escritório fedorento e ficar escutando todo mundo “nhênhênhê...” no pé do seu ouvido.
“Nhenhenhe” pra quê? Pra no final do mês ganhar um salariozinho de bosta e sair pra gastar com os amigos?!
Pra gastar sabe-se lá onde, porque eu não estaria nesse barzinho se não houvesse a possibilidade de uma mulher maravilhosa entrar neste recinto imediatamente.
E aí estão vocês. Mulher, mulher, mulher! Não dá pra vocês trocarem de assunto, não? Ô, cambada!

--------Mulheres------

Não existe. (+2x)
É lógico que existe um outro assunto que as mulheres entendem, além de mulher. Ah, é só pensar um pouco.
Uma ONG contra a fome é que não dá né Vilma, porque a gente passa a vida toda fazendo regime pra “esmagrecer[v].
Não sendo hipócritas né “Pri”, a nossa posição é pró-fome.
Vamos fazer uma ONG sobre o inverso da mulher: o homem.
Sobre e como? Contra ou a favor?
Contra, não é? Claro! Onde já se viu? Uma ONG de mulher a favor dos homens? Ia se chamar o quê, “greenpinto”[vi]?
Adorei “greenpinto”! Agora vem cá, podia ser “greenpinto”  e poderia ser contra os homens, não podia?
É claro que podia. A gente sai pelas ruas com sprays de tinta verde borrifando todos os pintos da cidade. “Tsi, tsi, tsi”.
Todos não, só os pintos maléficos.
Pintos maléficos?
Aqueles pintos que dizem que vão ligar no dia seguinte e não ligam. Aqueles que vão embora rapidamente sem terminar a relação.
“Greenpinto”  não pode meus amores. Imaginem o fofinho do William Bonner[vii] dando a notícia: Ativistas da greenpinto invadem o seminário de diretores de marketing, imaginem?!
Não, não, não tia. Deixa eu te explicar. A gente faz assim:  a gente diz que é “pinto” de pintar[viii], não diz que é “pinto” de ... de pinto. Diz que é greenpinto, pintar de verde.
Hahaha, pintar o pinto.
Querida, essa ideia não tem o menor sentido. Uma ONG contra os homens, é automaticamente uma ONG a favor das mulheres. E uma ONG onde o assunto é mulher, é exatamente o que nós não estamos procurando há mais de duas horas!

------Homens-----

Companheirismo. O companheirismo entre homens é um assunto que é legal e não é mulher.
Lá vem você com “viadagem”[ix]..!
Não é viadagem, seu espírito pobre! Tô[x] falando da camaradagem entre homens. Que é uma coisa que pode ser muito mais bonita e muito mais interessante, inclusive, do que o amor entre um homem e uma mulher.
Pois é, viadagem né?
Internet! Internet é um tremendo assunto e não tem nada a ver com mulher.
Internet não tem nada a ver com mulher?
Não.
Qual foi a última vez que você entrou na internet sem dar uma entradinha num site de mulher nua?
É, tem razão. Internet e mulher é a mesma coisa.

-------Mulheres-----

Tem milhares de coisas no mundo pra gente se revoltar contra, gente! É só prestar atenção.
Isso aí por exemplo, cenas de apelo erótico só pra levantar a audiência. Super revoltante!
Eu topo! Desde que não seja a responsável por procurar as cenas eróticas pra gente se revoltar contra, não é?
Hahaha, Aí ó[xi], sabe que eu fico revoltadíssima com esses comerciais de absorvente, que ficam jogando esse líquido azul assim, pra ser absorvido. Como se a gente, menstruasse refresco de jabuticaba[xii]!

------Homens------

Lembrei de uma questão importantíssima e que não tem nada a ver com mulher: de onde viemos e para onde vamos!
De onde viemos: das mulheres
Para onde vamos: para onde estão as mulheres.
Isso sem falar, que qualquer coisa relacionada ao movimento de ir e vir remete ao assunto de volta as mulheres, quase que imediatamente.
Ôh!
O que que foi? Vai me dizer que vocês ouvem alguém dizer ir e vir, ir e vir, ir e vir, e lembram da declaração dos direitos humanos.
Eu penso em comer[xiii].
Exatamente.

-----Mulheres----

Nada mais revoltante do que a pessoa ser tratada como comida.
Eles enchem a boca pra dizer que “comem” a gente. Ah, dá um tempo, a gente é que come eles.
Eles dizem “fulana deu[xiv] pra mim” – ELES é que deram pra fulana!
Eu aposto que eles só têm um assunto: as mulheres que dão pra eles.

-----Homens-----

E existe assunto melhor?
Não.
Não existe.
Então vamos a elas!
Vamos! Às mulheres que dão pra gente!

------Mulheres-------

Uma ONG que é contra o verbo dar, no sentido utilizado pelo dominador para enfraquecer ainda mais a dominada que lhe come, antropofagicamente falando. Uma ONG contra DAR!!
Lindo!
Uh, adorei!
Alguém gravou?
Não, foi ao vivo!
Melhor ainda.
Ô meninas, mas como é que a gente vai convencer os homens a não utilizarem o verbo dar no sentido do “denominador....antropofagico.... eticeteramente[xv]” falando.
É simples, a gente para de dar pra eles até eles se convencerem que são eles que dão pra gente!
A nossa ONG vai decretar uma greve de sexo?!
Exatamente.
Unbelievable! Eu estou me sentindo uma pessoa importantíssima hoje!
E eu estou me sentindo poderosíssima!!
Nada como ser membro de uma organização seríssima com essa.
E ái[xvi] daquela que pular a cerca e furar a greve.
À greve do sexo!
À greve!




[i] “Pixirica” is a slang I never heard before! But from the context it means woman.
[ii] Vara or Bara (?): I’m sorry, I also didn’t understand this word.
[iii] Pegar mulher: literally this would mean “to catch women”, so it means to find women.
[iv] Peralá = espera lá = wait a minute / wait, no!
[v] Esmagrecer: the correct form is Emagrecer (to lose weight).
[vi] Greenpinto: a play on words: Greenpeace + pinto (slang for the male genital)
[vii] William Bonner: presenter of Jornal Nacional, the most watched TVnews in Brazil.
[viii] Pinto: from the verb to Paint (pintar): eu pinto (I paint).
[ix] Viadagem: slang for “gayness”.
[x] Tô = short form of Estou (I am).
[xi] Ó: slang for “Olha” (look, or you see).
[xii] Jabuticaba: Brazilian (tasty!) fruit.
[xiii] Comer: slang for having sex (used by men). The verb literally means to eat. Don’t use this word with your girlfriend, it’s not very nice.
[xiv] Deu – from the verb Dar: to give, however here it has a sexual connotation. A woman "gives it up" to a man. Another inpolite form for “having sex”. In this context, the girls are contesting this slang (that is mostly used by man referring to women) and it sounds very sexist.
[xv] “Eticeteramente”: from Etc. (eticétera).
[xvi] Ái: “Ouch”.

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